Minha Verdade

Que peça atroz

Me pregou a vida.

Sem eco a voz,

Da alegria finda!

Mofa estradeira,

Cravejando a alma.

Vertendo sangue,

Padecendo sonhos...

Assim chorei,

Até secar as lágrimas.

Findar as dores,

E velar feridas!

Pesar somente,

E se vingar vivaz.

Lastimar contente,

O que se tem ausente.

Acreditar presente,

Ósculos ardentes.

Enquanto, no peito vive,

A mais verdadeira mágoa!

Nice Aranha - 24/04/2001