AS ROSAS DO POVO

AS ROSAS DO POVO

As Esquinas dobram olhares de tempos

e sussurram falácias de linguagens ingênuas

Os sonhos coloridos se tornaram expressões fotográficas

em preto e branco

A saudosa fumaça das horas

embaça minha vista

e aguça a alergia presente

Desmotivado aos tempos, todos, presente, sou

Nem a desconstrução sintática modernista me motiva

e esperar que emocione seria sonhar colorido demais

Somos simplesmente pessoas, não Pessoa

Somos o egoísmo em pessoa

Os rastros que, de lágrimas, deixei

foram maiores que as pedras

Estas maiores que os caminhos

Estes, cinzentos,

Meu enjôo veio entre melancolias, mercadorias

Então, versifico, dissipo

Ao final do percurso

Fitei o monte seco, conjeturando a chegada

Eis que todo o povo havia levado suas rosas

A mim,

espinhos

Clebber Bianchi
Enviado por Clebber Bianchi em 15/04/2008
Código do texto: T946663