CINZA AO OCASO...

CINZA DO OCASO

(Poet Ha, Abilio Machado.070207)

O cinza acolhia minh'Alma

Na manhã embriagada

pelos volumes humanos!

As faces reluzentes

procuram o incerto

o ocaso

o coração machucado...

sob a mão

mão pesada

não iluminada

que vaga

sob notas desafinadas

Um aceno...

Um adeus!

Um acorde...

Solo & Luna

Desta manhã que se anuncia

ao dia que naisceu

Gotejando suas loucuras

a brindar o novo que irradia!

A primavera de meus dias

O petalar com as ambrósias

nos balanços doces

sabores de flores no ar

me deito nú sobre o canteiro

me envolvo com cores

aromas e sons...

Me pego inundado de vida

que nesta época a terra me dá!

Minha adolescência é primavera

que era

era dia

irradia

luz em meu lar!