DESILUSÃO II
Quarto vazio
desolado...
Noitre cálida
emocões...
Entro...
Pensamentos disformes
fluem...
Dirigo...
O olhar
para o mar
em busca de visões
O ouvido
para o vento
a procura de vozes
As mãos
para minha pele
na busca de sensações
O nariz
para a janela
tentando sentir
algum aroma
Os lábios
permanecem intactos
Não há como movê-los
estão esperando respostas
porém elas não vêem
há somente indagações.
Volto o olhar
e vejo...
no meio
de minha rua nua
pequenos fragmentos
cacos fortes
de cálices frágeis
que feriram
e ensangüentaram
o seio
de minh'alma.
Sofia Jana.