Das brigas.
Como pode um casal que muito se ama
Fazer um ao outro ouvir tantos absurdos
Se magoando para depois dividirem a cama
Deitando-se distantes e adormecendo mudos.
Acordam juntos, mas a sós e ainda com a impressão
De que erraram ao não terminar bem o dia anterior
Já que ainda carregam o peso nos olhos e a dor
De brigar com quem ama, ter de pedir e dar perdão.
Passariam o dia tentando se encontrar, à toa
Porque estariam procurando as mesmas pessoas
E culpando ao outro por causar mais decepções.
Até descobrirem como agir para se entender
Sofrerão da ausência da alegria e do bem querer
E só terão o tempo para lhes aproximar os corações.