Poeta bêbado
Um homem anda entorpecido de poesia
Pra ver se esquece o mal e o real
Ele deseja estar embevecido de fantasia
Pra ver se consegue tornar-se imortal
Sua alma flutua adoecida
Pelo abandonado cais noturno
Com fantasmas e bebidas
Filosofando temas soturnos
O homem, na sua caminhada
Nada mais interessa seu peito sombrio
A não ser construir sua jangada
Com o que lhe resta do seu pouco brio
Nada mais neste louco mundo
Sustenta-lhe alguma esperança
Já cavaste tantas vezes fundo
E só encontrastes lambanças
O homem já não olha pra traz
E se olhar deseja mais ainda partir
Pra onde tudo é o que a poesia faz
Devaneando uma estrada a seguir