De tudo um pouco

De tudo um pouco posso ser,

Mesmo que uma lembrança apagada,

Seja eu talvez alguém pra se esquecer...

De tudo um pouco posso ser,

Inclusive um pobre sujeito,

Por ai, ou por aqui esquecido...

De tudo um pouco posso ser,

Quem sabe se não sou uma mentira,

Algo que ninguém ta disposto a ver...

De tudo um pouco posso não ser,

Mesmo um suspiro de tristeza,

Um papel no qual jamais hão de escrever,

Um papel em que não haverão de desenhar.

De tudo um pouco mesmo,

Posso até imaginar,

Não tenho como compreender,

De tudo um pouco vale,

Seja eu um grão de areia no meu pensamento,

Uma voz teimosa que não se cale,

A porta aberta pra um eterno esquecimento.

De tudo um pouco,

Pareço das idéias um pouco certo,

Por vezes, um grande louco,

Por isso posso afirmar,

Ai quem disso não saber,

Tentar ao menos duvidar...

13/05/2008.

CARLOS BOSCACCI.

* tentando me auto-retratar no poema.

Carlos Boscacci
Enviado por Carlos Boscacci em 14/05/2008
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