Desamor II
"As dores já me são comuns e familiares
que é mais fácil cantar desamor;
Não são mais meus tais olhares
do triste sonho de amor...
Por cinzas horas, por perdões imperdoáveis;
Por inúmeros grilhões
é que me fogem incansáveis,
me perturbam, memoráveis,
as histórias escritas nas estrelas...
Perdoe-me, sou eu que agora peço
em minha prece exacerbada.
Perdoe, de pedir não cesso,
a minha alma exagerada...
Por tempos a fio descobri meu ego.
O amor iludiu num palpitar cego.
E o meu perdão é à Deus,
qual único amor devia amar;
Pois da vida já quis dar adeus,
e enterrar o que esqueci além-mar..."