VIDAS AMARRADAS(vida de nós mesmos - nossos bloqueios)

APRISIONAMENTO

(A vida de nós mesmos)

(Sócrates Di Lima)

Nas amarras da vida, aprisionamos nossos corações,

Nas amarras da vida, aprisionamos nossas emoções;.

Nas amarras da vida, aprisionamos nossas razões.

Quantas vezes nos debatemos para nos libertarmos,

Quantas vezes encontramos subterfúgios em busca do amor,

Quantas vezes a vida nos afronta e nos dá amores perdidos.,

fragilizados, inconsistentes e vazios.

Quantas vezes essa mesma vida nos arrebata dos amores certos,

Tornando vazios nossos corações...

Faz-nos buscá-lo ao âmago e confundir nossos desejos,

Tornando-nos seres perplexos, perdidos, castigados.,

Ás penas desse sentimento.

Aí, tornamos pedra bruta nossas emoções,

Amarramos nossos corações com amarras de aço.,

Aprisionamos nossas emoções nos calabouços de nossa alma.,

E passamos a viver exclusivamente sob o domínio da razão.

Razão esta que nos faz frios,

Razão esta que nos aprisiona no nosso próprio “eu" .,

Então, deixamos de amar,

Passamos a ter medo do amor.,

Passamos pela vida como sombras de aves vagantes.,

Nômades, transeuntes de uma vida sem sentido.

E, quando pensamos tardias nossa repudia,

Nossos olhos ainda nos despertam.,

Fazendo-nos buscar na redoma de nossa alma,

O refúgio lúcido do amor divino.,

E então, lá no pélago de nossa vida, ainda vemos uma luz.,

A luz dos olhos da vida que se faz em corpo,

Cobrindo este corpo com as vestes talares do juízo.

E, nos seus braços alongados (da justiça),

Traz em sua destra o gesto e o tom ecoante da liberdade.,

Nos libertando, ao final, de nossas amarras.

Então,

volvemos a tez para o infinito de nossa estrada.,

E descobrimos que a vida

é apenas o condutor de nossa existência

É apenas a vida de nossa própria vida,

Que caminha, aprisionada ou livre, porém,

Sujeita às intempéries e infortúnios do pulsar involuntário,

dessa sofrida alma,

a qual, um dia se libertará dessas amarras

e caminhará sob a plenitude da liberdade para amar.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 13/07/2008
Reeditado em 14/09/2010
Código do texto: T1078287
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