EU... e eu

Uma sensação, de paz interior, me invadia,
Como criança, feliz da vida, eu me sentia,
E como nunca, o sol surgindo, me aquecia,
E alguma coisa, boa no ar, eu pressentia.

O dia calmo, todo azulado, era um presente,
Meu coração, acelerado, mas conseqüente,
Parece até que me dizia: olha pra frente,
Deixe de lado, esse temor, e vá em frente.

Mas, como sempre, busco uma segunda opinião,
Esperei pela noite e vi a lua, na imensidão,
Olhei pra ela, toda divina e senti, então,
Que ainda não era aquela a ocasião.

E sol e lua, tem toda noite, tem todo dia,
Mas, sei também, que também tem,
Tempo nublado;
Por isso espero e a esperança me alivia,
Essa esperança que faço dela a companhia,
Só não ajuda mais porque nem com ela
eu me abro.