E eu sempre espero...

Que indecisão...

Não sei se saio hoje e te esqueço para sempre

Ou se fico mais uma noite em casa esperando seu telefonema

Dizendo que me ama, que irá mudar

Prometendo não brincar mais comigo feito um fantoche

Chego a sentir um pouco de raiva por me preocupar tanto com você

Por sempre fazer as coisas pensando que estou errado

Me indigno comigo mesmo por ser tão tolo de vez em quando

Enquanto você parece sempre esconder a poeira debaixo dos panos

Não sei se isso é amor, se é paixão ou se é burrice mesmo

Ainda me sinto preso nos teus braços

Parece que estou envolvido num forte laço

Daquele meu jeito meio trouxa de sempre

Hoje queria jogar tudo pro alto

Esquecer os dois anos e tantos meses que se foram

Colocar no baú as lembranças e os dias que passamos juntos

Esquecer de vez que um dia você parecia ser minha para sempre

Estou me segurando pra não te ligar

Ver se em você ainda resta aquele amor que parecia ser eterno

Ou só pra ouvir você concordar com o nosso fim de papo

E cada um tomar o seu rumo sem tentar mais uma vez lavar os pratos

Quero te esquecer e ao mesmo tempo te recordar

Não quero mais falar o teu nome e ao mesmo tempo te poetizar

Te tirar dos meus pensamentos diários e ao mesmo tempo te olhar

E quem sabe nos teus olhos conseguir enxergar

O verdadeiro amor que um dia eu tanto quis eternizar...

Paulo Hirami
Enviado por Paulo Hirami em 19/09/2008
Reeditado em 31/10/2008
Código do texto: T1186811
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