Vozes do silêncio

Perdida por entre as vozes,

dividida entre silêncio e solidão,

brincam exuberantes crianças.

Mães, de olhos escondidos

sob translúcidos véus,

pressentem o frio

que varre o adro sagrado.

Na insinuante luz dum espaço,

austero, imponente, mundo fechado,

envolto em riqueza ou ostentação,

pintam-se as palavras de mil cores.

Num fugaz movimento,

foco o povo arrastando pesados grilhões,

de ignóbeis preconceitos sociais,

e, no meu palpitante coração,

a eterna aspiração dum sonho,

que continua por realizar.

Isa Castro
Enviado por Isa Castro em 26/10/2008
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