PRECISAMOS É SEMEAR E COLHER O PERPÉTUO JARDIM DA LIBERDADE

PRECISAMOS É SEMEAR E COLHER

O PERPÉTUO JARDIM DA LIBERDADE

Que assome e refulja,

De novo e para sempre,

Sobre o nosso lúgubre

Firmamento deverasmente flagelado e doente,

O sol que nos recobre

A ametística lucidez perene:

Esta, confinada no calabouço

Da também presidiária mente,

Fica sofrendo inócua e impotente.

Ah, mas sequiosamente espero

Que ele consiga suplantar e aniquilar

As onipotentes, as gigantescas

Muralhas soníferas que o hibernam na caverna

Da moleza, do dissabor, da misantropia

Para poder trazer consigo

A preciosa chave da salvadora e onisciente epifania:

A consciência de que somos a metamorfose contínua,

A fluência e a ígnea força coletiva,

A fonte e o magno centro

Da gravitacional energia pensativa!

Retesemos a idoneidade

De dizermos não á sujeição:

Tornemo-la incoercível!

Façamos a Revolução

Contra a capital sedução:

Sejamos do anel da vontade

Dignos!

Deponhamos as Metrópoles

Do sólio da tirania,

Depois, arruinemos a própria tirania

E os destruamos com o Cetro

Da Augusta, Indômita e Lídima Ventania!

Ostentemos o valor e o imensurável estadão

Da sofrida maioria:

Sejamos o Popular Poder Indestrutível!

Erijamos infinitas cordilheiras da inexorável honestidade

E de vácuo do ego insuflado

Que funcionem como a Andrômeda dos Exílios:

Remetamos para lá

A Asquerosa Banda Podre dos Políticos!

Não feneçamos mais no mental pelourinho eterno dos cativos:

Tomemos, Componhamos, Orquestremos, Rejamos

A Música que, Imperiosa, controla

As rédeas do nosso Pégaso-Destino.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

JESSÉ BARBOSA
Enviado por JESSÉ BARBOSA em 27/10/2008
Código do texto: T1250437
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