Choro da chuva ( Solidariedade para os nossos irmãos das enchentes)
Meus olhos acompanham
perplexos o movimento das chuvas
Não entendem a sua furia
Em cada pingo que cai do ceú
Uma lágrima escorre de mim
E tantas rolam,
tantas inundam
Num bailado sinistro
que só traz a destruição
Meio perdido fica o meu coração
Por não aceitar os castigos do ceú
Vulneráveis criaturas somos nós
A merce das águas
Que banham de sofrimento todo
o estado
E os pingos crescem a cada dia e
novamente no outro dia
Deixando um rastro de tristeza e
desamparo por onde passa
Um lamento sentido no escuro
Dos que sofrem em silêncio e
pedem ajuda para recomeçar
novamente tudo o que foi
levado pelo chora da chuva