Choro da chuva ( Solidariedade para os nossos irmãos das enchentes)

Meus olhos acompanham

perplexos o movimento das chuvas

Não entendem a sua furia

Em cada pingo que cai do ceú

Uma lágrima escorre de mim

E tantas rolam,

tantas inundam

Num bailado sinistro

que só traz a destruição

Meio perdido fica o meu coração

Por não aceitar os castigos do ceú

Vulneráveis criaturas somos nós

A merce das águas

Que banham de sofrimento todo

o estado

E os pingos crescem a cada dia e

novamente no outro dia

Deixando um rastro de tristeza e

desamparo por onde passa

Um lamento sentido no escuro

Dos que sofrem em silêncio e

pedem ajuda para recomeçar

novamente tudo o que foi

levado pelo chora da chuva

Christine Fujiwara
Enviado por Christine Fujiwara em 27/11/2008
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