ASSIM A VIDA CONTINUA

Bela vai a lua, no céu a espreguiçar-se.

Veste manto de estrelas,

brilhando a todo o instante, que,

ao tocarem nas águas do rio, penso

serem estas, da mais pura das pratas.

O padecimento, presente se faz, a

toda a hora, dia-a-dia, mais a nostalgia,

de não te ter a meu lado.

Mas eu sou forte e é comigo que vive

a poesia, que em versos limpos,

te dizem insistentemente, trazendo-me,

à lembrança, o teu rosto,

que conheço de cor, como a cada traço teu.

Traço a traço, vou desenhando-te.

Certamente que em versos, que mais não

sei. E consigo visualizar-te, por inteiro,

de sorriso contagiante, rosto sereno

e olhos de mel, onde me deixo afogar

tranquilamente, sem quaisquer receios.

É desta forma, que tento esquecer,

a desgraça, que se abateu,

por sobre esta casa, onde só eu vou

resistindo à doença.

Mas nem a ausência, olvida um certo sonho teu,

que em mim se passeia (de e por ti),

deixando-me deveras, simplesmente feliz.

Jorge Humberto

21/03/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 22/03/2009
Código do texto: T1500064
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