INFERNO DE CADA UM

Que inferno de vida

Que vida sem vida

Que droga de vida

Essa é minha vida

Será que estou vivo

Ou será que estou morto

Talvez sou aborto

Onde estou, para onde vou?

Sou o asco da natureza

Sou a febre do inferno

Sou a fome sou a sede

Sou carrasco de mim mesmo

Que marasmo de vida

Sou cicatriz sou ferida

Sou da preguiça o motivo

Sou do inferno o nativo

Sou a dor da consciência

Gosto de não ter paciência

Não sei quem são os meus pais

Talvez um cruzamento da morte com satanás

Quando vejo a injustiça

Dou pulos de alegria

Só quero ver a carniça

Sou adepto da antipatia

Sou assassino da paz

Sou deserto do amor

Até matar sou capaz

Sou descendente de Barabas

Sou como um anticristo

Sou da escrita um risco

Sou nas fezes um mosquito

Sou feio sou esquisito

No sono sou pesadelo

Na maldade sou modelo

Não tenho medo de nada

Porque na vida não sou nada

Quem nunca se sentiu assim

Pelo menos por um segundo

Todo tem um pouco de imundo

No inferno de cada um.

João kaejos
Enviado por João kaejos em 31/03/2009
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