BOIA FRIA

La vem Jose La vem Maria

Da labuta do dia a dia

Trazem um sorriso apagado

De um dia malogrado

Saíram de madrugada

Quando a lua já cansada

De passar a noite arrasada

De ver tanta gente errada

Se drogando , roubando, matando

La vem Jose La vem Maria

Com a barriga vazia

São os vulgos bóia fria

Que na sobrevivência teimosa

Não tem verso nem tem prosa

Que façam disso alegria

Pobre Jose pobre Maria

Só Deus poderá mudar um dia

Quantos Jose quantas Maria

De A a Z todos os dias

Se juntássemos os suores

Quanto de liquido seria

E o os calos de suas mãos

Uma montanha daria

E o ronco da barriga amplificado

Ninguém dormiria sossegado

Mas, para eles é sagrado

A plantação a colheita

Há muitos interessados

Mas vivem só de gorjetas

Na mão de muitos safados

La vem Jose La vem Maria

E uma gota de esperança irradia

Em acordarem um dia

Sem serem escravos da sociedade

Que com ar de soberania

Escravizam todos os dias

Nossos irmãos BOIA FRIA

Alguém teria que fazer isso

Eles não precisam ser tão humilhados

E sim ter um valor reservado

O quadro é triste Jose e Maria

Mas essa dor que sentem agora

Um dia ira embora, sem demora

Porque JESUS e NOSSA SENHORA

Estão com vocês toda hora

Amparando essa amargura passageira

Porque se vocês o mundo

Não seria esse universo sem fim

Nem alimento amor e harmonia

Pois tenho orgulho de vocês

Meus irmãos BOIA FRIA.

João kaejos
Enviado por João kaejos em 14/04/2009
Reeditado em 14/04/2009
Código do texto: T1538213