Um canto de paz

Lá vai o alazão do tempo

Levando sobre o dorso

A saudade que aos poucos

Deixa de insistir no meu peito

Lá vai a ave do tempo

Levando até as nuvens

A solidão que aos poucos

Deixa o lado oculto da minha cama

Lá vão os ponteiros das horas

Levando na canoa

A tristeza que aos poucos

Vai cedendo lugar pra mais um sorriso

Lá vem um novo dia

Trazendo sobre os horizontes

O sol de um novo amor

Lá vem aquela flor

Da semente vinda de outras eras

Brotando na soleira dos meus olhos

Lá vem aquele colo

Tal qual solo quero repousar

Depois do cansaço da espera

Lá vem você

Fazer do meu canto

Um canto de paz

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 25/04/2009
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