PALAVRAS PARA TEU UNIVERSO

PALAVRAS PARA SEU UNIVERSO

Capturas cósmicas! Pedidos lançados ao vento a qualquer momento.

Canto a lua para te encontrar! Jogo um bilhete ao imenso mar.

Sou cúmplice das estrelas! Consulto-as e vejo teus sentimentos.

Observo-te como observo aquela flor que sutilmente lançaste no ar.

Uma incógnita esse nosso ritual! Uma interrogação quase casual.

Então! Busco em sua espiritualidade algumas razões cabíveis a mim.

Busco seu perfume em um único olhar! Faço-te um pequeno luau.

Meu desejo é ter você agora! Vejo-te! Apenas sinto-te tanto assim.

Nas ruas que caminho consulto olhares perdidos e solitários.

Imagino-te em cada sorriso! Percebo-te na minh’alma secreta.

Choro de saudade por aquilo que tenho escondido! Meu inventário.

Mas acho-te! Acho-te no meu silencio! Acho-te e sou discreta.

Sou o plural dos versos singulares! Um número inteiro perfeito.

Equalizo suas canções para tocar o avesso das minhas emoções.

Conjugo verbo! Conjugo sua vontade e somos meus defeitos.

Não estou disposta a perde-te! Mas reflito e pondero situações.

Personagem de um tempo real, porém incondicional ao meu lugar.

Abraça-me! Fica mais um pouco! As horas passam lá fora! Estou só.

Meu passatempo é fazer esses versos! Jogo-os ao vento para te encontrar.

Gosto do modo que vem a mim! Apenas gosto do seu gostar. Parece um faraó.

Acalento palavras! Palavras essas que me dão prazer! Seu gesto irreverente.

Levo-as para um infinito longe do meu olhar! Quero te perceber sem te ver.

Quero sorrir por ai sabendo que tu vens assim! Tão somente de repente.

Mas o vejo teu semblante nesses versos! Inquieta eu vou sempre te querer.

O pedido desviado! Quase rasurado pela folha de um papel! Eu lhe enviei.

A lua que olhei! O perfume do teu olhar! A saudade que ainda não ousei ter.

O plural dos sentimentos eu conjugo! A tua simplicidade eu vi e captei.

Meu infinito não é teu! Meu defeito não te interessa! Então! Vou só amanhecer.

Soraia