A Poetisa Se Reencontra

À escrivaninha, redigia magoada. O que diria?

Encanto nos versos não via a mulher mal-amada.

Triste e frustrada, dizia-se incapaz de fazer poesia;

Nas palavras não lia a versão do pensamento. Nada.

Da artista com sopro divino na obra e na vida,

O Criador se apieda e a toma por jóia sagrada.

Aquela em cujas mãos a beleza da escrita é refletida,

Antes triste, por graça, de vitalidade é agraciada.

Sereno, um som musical; providencial pretexto?

Dado instante, colheu-lhe desprevenida, desarmada,

Sentimento surpressivo: na releitura do texto,

Orgulha-se a autora, agora realizada ... e bem-amada!

Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 13/06/2009
Reeditado em 13/06/2009
Código do texto: T1647318
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