o furacão

as patas de pé de coelho

na neve, o olho vermelho

o furacão é que vinha

parece que era o que convinha

destroços se aproximavam

no meio de um clima nostálgico

havia ainda a melodia

a Natureza sabia

que de tudo se desconfia

só do coração é que não

o gelo partindo-se ao meio

a foca com certo receio

passou por perto um tubarão

não sei do meu terno de linho

não sei onde faço meu ninho

se lá no meu Méier, Bangu,

se em Coelho Neto, Gramacho

só sei que sem quem amo eu acho

que tomo qualquer direção

que o furacão permitir...

Rio, 08/07/2009

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 11/07/2009
Código do texto: T1693710
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