Morrer
Às vezes desejamos encontrar a morte.
Intimamente independente da auto-estima desejamos sermos lembrados.
Imbuídos pelo espírito de Aquiles, negamos a existência pela vontade da lembrança, cobiça da eternidade de nosso feito.
Aspiramos somente macularmos as memórias de outrem, amados, ou odiados.
Covardemente, alguns, executam o caminho tétrico.
Negligenciam a possibilidade de encantarmos e redenção em vida.
Fugimos de desafios e problemas, que certamente não importavam.
Nossa ignorância, prepotência e anseio de afeto inibem atenção do que realmente nos importa:
-desafio de vivermos constantemente reconstruindo a felicidade.
Somos infelizes por aceitarmos esse estado, pervertemos muitas vezes a felicidade alheia.
Não raras vezes a felicidade do outro se encontra em nossa alegria.
Vivemos desafiando a morte, para que essa não nos encontre só e com lamúrias e desejos de uma vida já morta.