Desiste

É como perder a visão devagar

E o desespero toma conta.

Dizer não a desesperança.

Como comparar algo incomparável?

A que se assemelha algo que não há semelhança?

Como explicar o inexplicável?

Não há distinção nem privilégios.

Apunhalada é única em todos.

É o expulsar.

É o aperto com força, muita força.

É o afogar-se sem estar submerso.

É o consolador sendo consolado.

É como sentir a terra fugir dos pés.

É as vezes salgado sem paladar.

Entre um pingo e outro lembranças recordadas.

Nunca má sempre boa a memória refletida.

Longa metragem em vida real. (ironia da vida)

Espelhos de muitos anos contados em segundos.

E continua dizer não a desesperança.

A alma anseia sair mais insiste em persistir.

A vida sussurra: “só vive essas coisas quem já morreu.”(desiste de esperar)

E continuamos a dizer não à desesperança.

* Procure mais obras sobre o autor Binet e comente por favor.