O bom guerreiro não desiste da luta

O bom guerreiro não foge da luta

Se anelares ascender a outras paragens,

E vislumbrar as belezas do porvir,

Abre os ouvidos, e escuta com atenção.

Os ditos certeiros de teus mentores.

Foge a irascibilidade em que estás sitiado,

Mergulha na cascata cristalina da fé,

De onde jorra uma água límpida,

Que irá transformar teus horizontes.

Não te entregues as tentações fugazes

Afugenta-as com a clava da ação

Vencendo as vicissitudes que encontrares

Até que se tornem poeira na estrada.

Se a preguiça e a cobiça invadem-te

O âmago do ser expulsa-as a pontapés.

Não esperes que o desânimo te surpreenda

Na curva longa de tua caminhada

Arma-te com força e coragem

E prossegue sem temer as punhaladas

Que surgirão do assédio dos inferiores

Que não logrando atingir a escalada

Tentarão em vão lançar-te aos abismos

Da desventura e desesperança

Se caíres neste solo infértil e pedregoso

Muitas feridas cobrirão teu ser formoso

Insta que colabores contigo mesmo

Modificando tua visão interna

Encarando com determinação os inimigos

Ocultos que habitam a escuridão.

Somente através do esforço efetivo

É possível ultrapassar a presente etapa

Não imagines dores ou chagas

São apenas reflexos de inúteis imagens

Engendradas na soletude anônima

Que te encontravas antes de galgar

Os primeiros degraus da divina escada

As nuvens escuras serão dissipadas.

E na condição de peregrino sedento

De saciar-se nos conhecimentos do eterno

Sentirás que é difícil atingir o cume

É preciso vigiar e manter aceso o lume

O viajante vez ou outra se confunde

Por ainda não ser de seu costume

Com perseverança e determinação

Aos poucos começará a ascensão.

Não sigas queixoso com azedume

O progresso se faz passo a passo

Degrau a degrau, com firmeza.

E resignação, pisa na inquietude.

Da alma esfaimada de sonhos,

Presságios perniciosos verdadeiro

Séqüito de tristonhos devaneios

Atinge o alvo com rigor certeiro

Sentir-se-ia aliviado do pesado fardo

Da luta contra as adversidades

Geradas pelo desânimo venenoso

Que te asfixiava a vontade

Sugando-lhe a liberdade da escolha.

Os primeiros raios do sol verdadeiro

Aquecem teu espírito guerreiro

Como nau livre das tormentas

Navegarás nas ondas tranqüilas

Do oceano da paz conquistada

Pelo triunfo de teus fantasmas

Exorcizados pela luz da verdade.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 10/08/2009
Reeditado em 18/09/2014
Código do texto: T1745950
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