Se é ódio não foi Amor

Por que bebermos a gota

Que cai do olho não sereno

E se espatifa toda rota

Por ser apenas veneno

Disfarçada em medicamento

Que halopaticamente

Em dose maior que o mal

Seca silenciosamente

-Isto é certo e até tem hora-

Ao próprio olhar que a chora

Como à lesma mata o sal?

Como encaminhar à luz

Quando a escuridão os banha

Porque o breu que os acompanha

Os aprisiona em negra cruz

No mato do sentimento

E sem nenhum consentimento

Num apropriar-se insano

Deliram que um ser humano

Seja Homem ou Mulher

Como objeto qualquer

Possam ter por propriedade

Censurando a vontade

Desrespeitando a opção

Do outro dizer que é “não”

Seqüestram a liberdade

Da busca da felicidade

Sem ver que a vida é assim:

Quando as relações têm fim

Só no passado ficam vivas

Na caixa das tentativas

E se aquela falhou

Virando ódio e maldade

Aquilo que acabou

Não era Amor de verdade...

Eu só sei que finalmente

Sou Feliz como sonhava

Com quem amo realmente

-Sei que para eternamente

Até muito além da vida

Onde tempo não há mais-:

A Minha Aparecida

-Gema das Minas Gerais-

Que me ensinou a orar

-Sendo eu Alma-Aprendiz-

Pelo que só sabe odiar

Pra que aprenda a ser feliz...

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 14/08/2009
Código do texto: T1753044
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