Cobranças

Insegurança, ansiedade, perturbações são recorrentes frente ao calendário.

Expressamos monocromáticos sorrisos, olhares cinzentos em dias de Sol.

Ocupamos nosso consciente com fatos desconexos e comparações esdrúxulas.

Desejos sublimar etapas, alterar o passado e repudiamos o presente.

Gostaria de poder observar esses momentos com olhos e maturidade de dez anos mais.

Provavelmente envergonhado poderia somente debochar do comportamento meu.

Contaria lágrimas sinceras de sentimentos falsos.

Veria que por vezes esqueci de exaltar meus méritos, qualidades em prol da apreensão, opróbrio.

Somos únicos e ao tentarmos nos condicionar a parâmetros, a pessoas ou vontades alheias perdemos o que temos de mais cativante: nossa identidade.

Mesmo defeitos condicionam a identidade determinando maiores ou menores possibilidades de tolerância mútua.

Confesso necessidade de aceitação.

Coabitam em meu íntimo desejos de aceitação e elevada auto-estima, amor próprio, por vezes violentado.

Antagonicamente confronto a visão do outro ante a minha visão.

Resumo essa harmonia que busco no entendimento que ao darmos o melhor de nós o mundo ocupa-se em selecionar conhecidos, colegas, amigos e amores, restando um pequeno universo nosso, permeado de sentimentos sinceros e de pessoas realmente importantes.

Vinícius Vanir Venturini
Enviado por Vinícius Vanir Venturini em 03/09/2009
Código do texto: T1790766
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