UMA MENINA ALEGRE
UMA MENINA ALEGRE
Francisco Miguel de Moura*
Quando chega, eu me levanto,
alegro-me de longe e ponho-me em espera.
Ontem no teatro,
quase não reconheci seu corpo:
levado, leve, menina acesa.
Abraçá-la é vício como
apanhar uma flor de bogari,
no meu jardim, só pelo cheiro.
Quisera!...
Ilusão
do que vem vindo, e não chega.
Eu, verdade do que passa, sem razão.
Oh taça de vinho que ilude
e eleva o homem ao céu,
Ai que bobagem de pensar-se velho!
Ai que alegria inocente
de seus lábios!
Tudo isto me soma e me alimenta,
sozinho espero e sem tormenta.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina- PI,
mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br Membro da Associação Internacional de Escritores e Artistas, com sede em Toledo, OH, Estados Unidos.