confissão*

não fiquem pensando que sou o maior

não fiquem achando que sei mais que o rio

que sabe a cor de suas águas de cor

e nunca envelhece, nem quando vazio

não fiquem pensando que sou como a rua

que só vê o belo na fútil intenção

de se comparar com a beleza da lua

que no fim da noite lhe nega atenção

não fiquem pensando que faço o que posso

pois o que não posso está fora de mim

é só uma desculpa pr’um tipo de troço

que não se consegue enxergar que é ruim

mas tenham certeza: se não desengrosso,

é só pra dizer que não temo o fim...

Rio, 23/09/2009

*só pras crianças, os adultos já sabem

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 23/09/2009
Código do texto: T1827584
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