REINVENTANDO
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Tento, eu invento, não me contento com as armadilhas do senhor tempo
Eu resolvo, me envolvo, me absolvo, demito qualquer estorvo
Abro porteiras, visto-me de guerreira, vou à luta, enfrento a labuta
Enfrento o debate, não fujo do embate, eu olho de frente,vou ao combate.
Não pedi pra nascer, mas quero viver, gosto sim de um bem querer
Acomodar não acomodo, vivo ao meu modo, com injustiça me incomodo.
Poderia ficar quieta, mas sou irriquieta, às vezes sapeca, não solto a peteca.
Já vivi um bocado, mas sou ser inacabado, ainda tenho, sonhos lguardados.
Amo a beleza, não tenho certezas, afasto impurezas, lapido asperezas
Não choro o leite derramado, mas cultivo o passado e meus bem amados.
Luto pelos desamados em versos versados, dou-lhes certificados
Busco sempre a coerência, consulto minha consciência, afasto a indolência.
Sou mãe, sou mulher cidadã, meu espaço é sobrevivencia
Sou apaixonada, amante, amiga, mas abomino a subserviência
Meu lugar é no mundo.Um mundo que é só meu, um mundo que é nosso.
Obs: Texto trabalhado em um grupo de mulheres sob minha coordenação.