POEIRA I

Era o pó da estrada.

Era.

Era pó.

Ela tão só.

Era madrugada.

A luz apagada.

A alma machucada.

Era tudo um grande vazio.

Ela fechava os olhos.

Imaginava um grande rio.

A correr a correr.

Ela vivia a sofrer.

A pensar e a sofrer.

Mas toda ferida pode e deve cicatrizar.

O tempo pode tudo curar.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 05/10/2009
Reeditado em 28/04/2011
Código do texto: T1849069
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