COM CORES SUAVES
 
  
Peguei as telas
limpei os pincéis
separei as aquarelas.
Ao lado do cavalete
desnudei a alma,
em ínfima calma
fui colhendo as emoções
que desejei transmutar.
Desenhei os sonhos
retirei seu manto enodoado
e pincelei tons argentados.
De vermelho carmim
pintei as pétalas da rosa
que enfeitam jardins
e no seu desabrochar
renovam a esperança
de um novo amanhã,
com uma renovada manhã.
Na face pálida e triste
das incertezas
matizei um róseo
de rara beleza.
Do negro da escuridão
que embaça o brilho do olhar
e acolhe a nostálgica solidão
pincelei a aurora que se deita
nas ondas mansas do mar,
onde a visão se perde no horizonte
em busca da eterna fonte.
Da MORTE... Roxa ou acinzentada
azulei VIDA, com pinceladas
coloridas de esperança e fé.
Guardei para o final
a minha predileta,
aquela que a tudo desfaz
e emoldurei minha arte
tentando fazer minha parte,
com a cor branca da PAZ.

 
09/08/2006
 
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 09/10/2009
Reeditado em 18/06/2011
Código do texto: T1856388