DOCE ILUSÃO

Uma vida sem fronteiras,
a carícia do vento manso
secando o sal do pranto.
O segredo revelado,
um novo horizonte que aponta
com cores suaves matizadas,
espalhando felicidades
que não sejam passageiras!
 
Não existem mais guerras,
a paz altaneira desponta
sua gloriosa bandeira.
As estrelas reluzentes
contemplam a serenidade
enfim conquistada.
No céu correm estrelas cadentes!
 
Toda humanidade contente
numa mesma cruzada,
assegurar a igualdade.
Toda criança tem um teto,
nenhum lar é desfeito
e evadiu-se a vaidade...
 
Cada homem abriu a porta
do seu coração,
aprendendo, ensinando, doando,
alma em evolução...
Desaba a indiferença, o egoísmo,
enfim, todo ser é igual
num mundo de altruísmo.
 
A vida flui de forma natural,
cada qual, com seu quinhão
valorizando a existência,
fortificando o corpo, a mente,
com a arte única de amar
e edificando a essência.
 
Cada esquina é um porto
de reencontro, num constante ir e vir:
- uns partem, outros à espera...
Em cada pedaço de chão, brota ilusão,
de doces novas quimeras.
 
Se estiver a sonhar, se tudo for irreal,
deixem-me dormir eternamente
acordar para que, afinal?

 
18/01/2007

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 11/10/2009
Reeditado em 09/07/2011
Código do texto: T1860211