SILÊNCIO (Reedição)
É minha sombra que se foi com meu poema
essa folha em branco devorou-me o grafite.
No silêncio estão os espaços que me escondo
para chorar minhas obsessões. Nele pernoito as
palavras para te procurar.
Sei que estáis aí, sentindo-me, porque meu silêncio
está em ti.
No lume da lua busco o teu silêncio.
Finto o futuro e danço na estrada
abraçada ao fogo,
espero por ti na dobra do tempo;
é quando uma nuvem branca passa,
...E no teu corpo me perco lasciva
Tua luz incendeia minhas veias
embriagando-me com o farto
fogo dos teus beijos terra.
Nossos momentos rompidos pela aurora
da madrugada, caminhando pelas ruas,
perdidos na paz, em silêncio te acompanho
pelos lugares onde passeias. Sozinhos demais...
Mas a distância até o fundo é tão pequena;
A dor está tão perto
e o mundo longe de nós.
No poema mascaro minha dor
em assistir-te tão cansado, sei que
em silêncio mata leões para sobrevivermos
nesse vai e vem do nosso viver,
sempre volta para meu colo
e os fantasma se soltam no ar.
No silêncio te encontro, caminho sobre
teu olhar, me perco na moldura da tua boca
um beijo luz, ilumina-me.
Enquanto não rompe a aurora
o silêncio está nas luzes que se apagam,
nossos corpos continuam despidos
ofertando vida e amor..
E a estrela cadente
anunciando em silêncio
que o futuro partiu
e somente no presente
vamos caminhar.
(Ilustração de Marcelo Ferreira)
É minha sombra que se foi com meu poema
essa folha em branco devorou-me o grafite.
No silêncio estão os espaços que me escondo
para chorar minhas obsessões. Nele pernoito as
palavras para te procurar.
Sei que estáis aí, sentindo-me, porque meu silêncio
está em ti.
No lume da lua busco o teu silêncio.
Finto o futuro e danço na estrada
abraçada ao fogo,
espero por ti na dobra do tempo;
é quando uma nuvem branca passa,
...E no teu corpo me perco lasciva
Tua luz incendeia minhas veias
embriagando-me com o farto
fogo dos teus beijos terra.
Nossos momentos rompidos pela aurora
da madrugada, caminhando pelas ruas,
perdidos na paz, em silêncio te acompanho
pelos lugares onde passeias. Sozinhos demais...
Mas a distância até o fundo é tão pequena;
A dor está tão perto
e o mundo longe de nós.
No poema mascaro minha dor
em assistir-te tão cansado, sei que
em silêncio mata leões para sobrevivermos
nesse vai e vem do nosso viver,
sempre volta para meu colo
e os fantasma se soltam no ar.
No silêncio te encontro, caminho sobre
teu olhar, me perco na moldura da tua boca
um beijo luz, ilumina-me.
Enquanto não rompe a aurora
o silêncio está nas luzes que se apagam,
nossos corpos continuam despidos
ofertando vida e amor..
E a estrela cadente
anunciando em silêncio
que o futuro partiu
e somente no presente
vamos caminhar.
(Ilustração de Marcelo Ferreira)