SEM CORRENTES...


Asas abertas a flanar,
sem garantias ou fiança...
Cheiro de liberdade no ar,
brisa mansa me alcança.

Na leveza do ser em existir,
pensamentos a voar...
Hora exata de partir!
Sem rumo certo,
no compasso do vento
certeiro ou incerto,
persigo os rastros do tempo...

Revejo, reciclo, aceito
o ocaso dos sentimentos,
onde desfiz meu leito.

Liberta esperança
sem grades ou correntes,
aroma sutil de flores
germinando novas sementes.
Infinito sempre à frente,
passado não mais existe.

No horizonte avisto
promessas que persistem.
Encanto em matizadas cores
deixam alma inebriada,
nesta minha viagem.

Em mim, todos os amores
em tons de paisagens.
Solta, não levo mais nada,
eu sou minha bagagem!


2007




Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 31/10/2009
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