ATÉ QUE...

Até que passem o dias

recortados sem destino

que passem os gentis

gestos de menino

que passem os ultrapassados

rostos dos mendigos

que passe o frio

do estômago pelos umbigos

que passem os soluços

disfarados de sorriso

que as noites passem

pelas sombras sem perigo

que possamos nos chamar

de honestamente amigos