Rastros de Esperança

Nas águas azuis dos oceanos

Navegam sedativos para todos os males,

As dores que são defeitos da vida

Mergulham afoitas em torno dos lares.

Velejar nas águas cristalinas do amor

Parece um sonho concebido nas alegorias do prazer,

Nas profundezas das águas vivem devaneios reprimidos

Á espera de um mundo novo onde possam renascer.

As vagas que explodem diante das pedras

Partem os alicerces de um porvir promissor...

O carinho perdido entre intensos torvelinhos

Fenece afogado à procura do amor.

No encontro das águas em pleno horizonte

Uma esperança fugaz acena venturosa...

Dribla com argúcia perigosos redemoinhos

E se faz presente na atmosfera silenciosa.

São os últimos instantes em que uma procela bendita

Amaina a fúria dos ventos na cruel tempestade,

Os devaneios que voltam à tona quase moribundos

São rastros de esperança que adornam de amor a eternidade!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 28/12/2009
Código do texto: T1999183
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