Chão que me salvou
Do mar de amor e desprezo
Gotícula de esperança jorrou
Calor voltou a acalantar meus anseios
E a dor em sonhos tranformou
Pude voltar a respirar
Como quem sobrevive em águas tormentas
Sentir-me novamente segura
Como quem pisa em terras secas
Suspiros levemente confessam
Medo que agora de mim se despedem
Nem mesmo grandes ondas prometem
Cessar a calma que me pertence
E a vida triste é que se esquece
O sal escorre na face
Enxuga-o chão que me salvou
Abraça-me a areia e sua história
Deixo tudo, menos quem sou
Enfim, isso salva, não entristece
Apenas envelhece