Atracada ao Porto

Atracada ao Porto da solidão

Os homens atravessam balsas

E navegam sem rumo

Dirigidos por uma bússola imaginária.

A mulher sente o tempo de rusgas e mágoas.

Entre nevoeiros e rochedos

Os mares ficam densos.

Espelham a imagem da imperfeição.

Os olhares dos homens solicitam

A compreensão do silêncio.

Clamas piedade.

Atracada como um verde campo olhar

Apalpa o horizonte e solicita que se acanhe.

O mar encobre luzes e respingos.

Os navegantes paralisados.

O tempo rompe a passagem,

Os homens a idolatram,

O que seria do Porto sem as Carrancas?

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 17/01/2010
Código do texto: T2034998
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