Filhos do terremoto

Nem um eclipse ao amanhecer,
nem a arrogância das tempestades,
nada que fizesse a alma antever,
tão cruel e repentina maldade!

Anjos nascidos no ronco insano,
de algo que não ouviu seus ais,
e os deuses, em um outro plano,
indiferentes talvez, levavam os seus pais!

Que será dos pequeninos agora,
que o surdo trovão lhes benzeu a vida?
Olhos perdidos sem a doce aurora,
que trazia o beijo da mamãe querida!

Nas serras azuladas daquele país,
que faces terão estes pequenos no porvir?
Façamos, mas não em textura de giz,
uma alegria eterna, capaz de fazer sorrir!


xxeasxx


Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 19/01/2010
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T2037773
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