Espera

Como um poema divino

Entrego-me

Na busca do fogo que traz vida.

Deito-me, e fico a contemplar

O silêncio das estrelas.

E nessa porta infinita

Tenho o sonho em minhas mãos.

Absorta, com tamanha beleza

Perco-me nesse longínquo universo.

A lua migra entre os fios do meu cabelo...

A solidão mostra que a procura nao tem fim.

Minha obsessão,

Meus desejos tao infindos e vorazes

Deixam-me a flor da pele.

A noite adentra,

Rasgo-me em meus quereres

Tao fugazes!

Entao,

Engulo-me,

E espero o novo amanhecer.

(Mérci Benício Louro).

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