Velhice

Quando vier

Não bata na porta

Entre sorrateira

Como o ar que respiro

Não quero que chegue

Feito ondas salgadas do mar

E sim docemente

De água corrente de um rio

Não atropele minha vaidade

Apenas deixe que ela atravesse

A rua do meu conformismo

Antes que continue seu trajeto

E que seja amigo da juventude

Que ainda deverás permanecer em mim

Para que possamos sorrir juntos

Até que a morte nos separe

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 19/02/2010
Reeditado em 31/03/2010
Código do texto: T2095798