LAMENTO

O solo é a parte da superfície terrestre

Onde se produz para matar a fome da população;

Nele se planta e se colhe, e por covardia

Se queima, devasta, se mata, arruína-se

Quem sustenta a vida com o pão.

O solo é a Natureza. Ele gera, faz crescer.

Muito simplório e humilde, sofre calado,

E no seu padecer poucos lamentam a perda:

A riqueza nas mãos e o coração imóvel,

Não se toca, nem se quer reconhecer.

A vida se torna difícil, e mais difícil ainda

É sobreviver.

Muito se morre: de fome, de maus tratos, da ignorância

De quem não sabe mexer. E se você não sabe, nem quer aprender,

Ao menos faça o mínimo: deixe a vida viver !

Mesmo sem compromisso, evite o lixo: queime-o ou enterre,

Mas não o jogue à toa não, ele enfeia, entope e polui,

É o grande vilão do Planeta,

E somos nós os mentores diretos

De tamanha indigestão.

O solo não merece, ele só carece um pouco de atenção,

E a nossa mania de consumo representa o progresso

Desta situação.

Pare! Pense! Escute! Há um gemido baixinho,

É alguém que nos pede racionalização.

Solo, sol, selva, seiva, seu, sua, saúde ...

Assim sendo tudo isso gratuitamente,

Merece, é claro, um pouco de gratidão.

Preserve! Conserve! Economize! Cuide! ...

Disso depende a sua vida e a de seu irmão.

Ailton Clarindo
Enviado por Ailton Clarindo em 01/03/2010
Reeditado em 03/06/2013
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