Síndrome do Pânico...
Quando as forças se esvaírem
E sentires a tua alma vazia
Vires que sumiu de ti a alegria
A tristeza instalou-se e fez morada
E agora vives só de nostalgias
É hora de retomar a estrada
Reescrever a tua própria história
Não se entregue ao abandono...
Nada de medo, pânico ou desengano
Refaça de imediato os teus planos
Quem foi que disse que era fácil?
A vida é feita de perdas e ganhos
Mostre ao mundo tuas entranhas
De luta! De garra! De caráter!
Que és nobre e guerreiro
Só a ti e Deus como companheiros
E aloje tuas dores no estaleiro
Iça a vela e singra os mares
Navegue e rompa horizontes
Porque não és um qualquer
Tens na tempêra a linhagem
E não serão quaisquer bobagens
A impedi-lo que siga em frente
Que vencerás com a tua coragem...
Creia! É possível... Seguir viagem
E aportar seguro após a tempestade
A paz, o amor e a felicidade...
Esperam por ti ali na esquina.
Hildebrando Menezes
Nota: Minha homenagem comovida aos portadores...
Assista em vídeo
Síndrome do Pânico... Edição: Moreno Jambo.
Texto: Hildebrando Menezes
http://www.youtube.com/watch?v=c7gJr2lA4Ls
Acompanhe o debate acalorado no Mural dos Escritores...
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/sindrome-do-panico
Comentário de Rubens Jardim que pelo testemunho valioso completa a idéia do texto.
Hildebrando, belo trabalho homenageando os portadores da síndrome do pânico. Anos atrás tive algumas crises e acabei parando no Pronto Socorro. Foram poucas vezes, acho que umas cinco, que felizmente desapareceram por completo. E o mais incrível é que não me submeti a nenhum tratamento médico. Ou psicológico. Ou psiquiátrico. Aliás, tive também uma experiência fascinante em relação ao alcool. Durante muito tempo bebi quase todos os dias. Melhor dizendo: durante todas as noites. Até porque o binômio trabalho e alcool são excludentes. E eu nunca deixei de trabalhar. O fato é que tanto a bebida como o pânico colocam a gente na berlinda --isso sem contar com os sofrimentos que causamos a nós mesmos e aos outros. Nunca resisti a nenhum tipo de tratamento ou socorro. Mas resisti --sempre-- a ser catalogado como um portador da síndrome do pânico e como um alcólatra. E isso por uma razão muito simples: detesto que me coloquem sininhos no pescoço. Mais ainda: não creio nessa obrigação de felicidade, nem na patologização da tristeza, do medo e da dor. Claro que é importante aliviar as tensões que nos acometem no dia-a-dia. Mas a minha experiência pessoal mostra que é possível aceitar a inquietação, a oscilação de ânimo e à inadaptação às regras que caracterizam a vida e a vitalidade psíquicas. Abraço fraterno.
Comentário de Maria Antonieta de Castro Sá 8 horas atrás. Incluído aqui e no Recanto das Letras acatando sugestão de Silvia Mendonça pela excelência e procedência profissional do comentário.
Gente! Experiências de intenso medo e síndrome do pânico são coisas diferentes! Penso que podermos ajudar nossos semelhantes, com nosso respeito, atenção, paciência e com nossos depoimentos ou testemunhos é excelente e só pode aquecer o coração de todos nós. Mas o código internacional de doenças não define uma síndrome por capricho e sem cuidadosas avaliações do fenômeno. Não pretendo, por nada, assustar nossa prezada Anna ou quem mais tenha experimentado manifestações genuínas desta síndrome. Mas convém não fazer pouco caso de coisas que pedem alguns cuidados mais técnicos. Volto a comentar: A FÉ EM DEUS E EM NÓS MESMOS só pode fortalecer o ser humano das formas mais construtivas. Mas como alguém disse aqui: Deus nos dá o solo, mas somos nós que temos que pegar na enxada. E, por vezes, precisamos de gente bem treinada para nos ensinar a usar a enxada e para nos mostrar as força que temos para poder usá-la. Há muitas coisas daninhas no solo de todos e nem sempre só o bom senso resolve. Não discordo de nenhum de vocês. Mas não posso concordar em confundir medos da vida com um quadro que é patológico e exige, sim, cuidados profissionais.