BÁLSAMO!

Uma lágrima pungente,

Desliza em negros traços.

Suaviza a dor sentida,

D’ alma solitária – sofrida.

Refugia-se á sombra dos versos,

A face condoída...

Nas mãos do poeta...

O sentir é tão palpável.

A emoção abstrata torna-se concreta.

Nas palavras que com esmero emoldura.

Percorre versos como quem anda na lua...

Flutua... Em asas de quimeras...

Abrindo frestas n’ alma oriunda

Soprando ungüento... Palavras que curam!