O AGORA!
Houve um tempo
Que princesa eu me fazia acreditar
Eu sonhava, beijando sapos, sapos, sapos...
Que em príncipes eu desejava transformar.
Houve um tempo
Que quem eu era eu não sabia
Não gostava do que eu vivia
Não entendia o que não sentia
Houve um tempo
Que eram tantas em mim...
Acostumei-me com os conflitos
Me deixava vagar com os aflitos.
Houve um tempo
De crise e solidão...
Tempo de repensar
Longo tempo de introspecção
Houve um tempo
Duro tempo de tracejar
A terra dura e seca arar
Houve também um tempo de chuvas
Lágrimas pra o coração fertilizar
Tempo das sementes lançar.
Houve um tempo
De espera... de indulto
E enfim, colher o que plantei!
E há agora esse tempo:
Sempre novo!
Tempo mix de inventar!
Tempo de fé e entrega...
Tempo de confiar.
Tempo presente
Tempo de ser somente
Ser urgente!
Sem volta, sem troco!
Mas também sem pressa!
Tempo sem tempo de voltar
Instante único de viver:
O AGORA!