O milagre do rio

O milagre do rio

Marcos Moreno / Ibitinga

Com o meu cavalo eu saí estrada afora

cortei ele na espora

até chegar no ribeirão

eu só ouvia o barulho do seus cascos

atravessando pelo pasto

eu fui naquela direção

Alguém contou que um menino havia caído

ele estava distraído

quando veio um caminhão

Em cima da ponte ele ficou apavorado

coitadinho, desequilibrado

não segurou no corrimão

Ao ouvir aquilo eu senti um calafrio

eu conhecia aquele rio

como a palma da minha mão

Apesar da água mansa o rio causava pavor

mas eu era um nadador

o melhor da região

Quando cheguei eu vi um pai desesperado

disse que já tinha nadado

e nenhum sinal de vida

Nos abraçamos e pedimos ao criador

a Jesus nosso Senhor

e a Virgem Aparecida

Pulei na água e acompanhei a correnteza

acreditava e tinha a certeza

que o menino ia encontrar

Cada braçada me deixava mais confiante

Quando tres quilômetros adiante

uma voz a me chamar

Moço... Moço, uma voz pequena dizia assim

sou eu Moço, olha pra mim

estou aqui noutro lado do rio

As minhas lágrimas não consegui segurar

quando enfim pude avistar

aquele serzinho tremendo de frio

Na sua inocência de criança começou a falar

lá no fundo consegui agarrar

um pedaço de madeira igual uma cruz

Olhei para o céu e agradeci emocionado

naquela madeira estava desenhado

o rosto do nosso querido JESUS.!

O milagre do rio

Marcos Moreno

Poesia protegida pela Lei nº 9610 de 19.02.98

Registro nº 452.726 – EDA / BN

Marcos Moreno Ibitinga
Enviado por Marcos Moreno Ibitinga em 19/04/2010
Código do texto: T2207467
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