ARIADNE

Dá-me algodão.

Tenho que entrar

Nos labirintos

Do ar, do mar, da terra...

Corredores que são

De incertezas sem fim

E resgatar o sonho,

Como a gota de sol

No olho de uma criança.

Dá-me algodão.

Trarei-lhe trigo

E abrigo da escuridão.

Tramas e farsas

Terão sim o destino

Que a elas pertence.

Roto está o verbo,

Ainda que por pouco,

Neste verso

Mas que já sobeja

No meu regresso.

Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 06/05/2010
Código do texto: T2240847
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