ARIADNE
Dá-me algodão.
Tenho que entrar
Nos labirintos
Do ar, do mar, da terra...
Corredores que são
De incertezas sem fim
E resgatar o sonho,
Como a gota de sol
No olho de uma criança.
Dá-me algodão.
Trarei-lhe trigo
E abrigo da escuridão.
Tramas e farsas
Terão sim o destino
Que a elas pertence.
Roto está o verbo,
Ainda que por pouco,
Neste verso
Mas que já sobeja
No meu regresso.