PRA NÃO MORRER
Vi diante dos meus olhos
Outros olhos se fechando
Imergindo-se na escuridão
Desse mundo se ausentando
Vi tudo que se havia feito
Se desfazer naquele instante
O sonho antes era perfeito
A realidade foi marcante
Vi abaixo dos meus pés
O mundo se desabar
A frieza então se fez
No meu rosto a derramar
Vi como daquela hora
Tudo foi se modificando
Das pessoas o semblante
Os detalhes se agigantando
Vi diante de minha prece
Quantas preces no vazio
Quanto que se desconhece
O quão sente quem sentiu
Vi perante a minha dor
Como e quanto horror se fez
Em meu silêncio interior
Toda uma história se refez
As lembranças se ondulavam
Mnha mente em confusão
Caminhos e descaminhos
A emoção, sem haver razão
Detalhes de duas vidas
Que numa só se fundia
Vida que fora dividida
E fez daquele um outro dia
Vi diante dos meus olhos
Meus prórpios olhos se abrindo
Nascemos sozinhos, morremos sozinhos
E a vida vai seguindo