PLENITUDE

Ainda que eu também sinta,

O passado aqui tão presente;

Não minto, escrito nesta preta tinta,

Onde eu existo mesmo que ausente,

Como uma sombra na minha mente.

Pois, o que de mim lá partiu,

Trago de volta por onde fluiu...

Jamais me seguirão, nem no antes

Nem no depois, dos sonhos distantes.

O que foi a dor, volta em lamento,

Do que sobrou em meus pedaços;

Chorando ao rir, de uma falsa alegria,

Não engano o que eu fiz em juramento;

Que foi levado pelo tempo em abraços,

Na distante plenitude que não morreria.

Ainda que eu também chore,

Pelo futuro que não é mais meu,

Deixo sentir, antes que demore,

Minha força nesse cantinho seu.

Pois, todos o que somos já existiu,

Não voltará o destino que lá sumiu.

Dentro de acertos sobraram os errantes,

Mentindo para felicidades tão ausentes.

Setedados
Enviado por Setedados em 14/09/2010
Reeditado em 28/10/2012
Código do texto: T2498570
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