(imagem Google)

O Menino que Queria Ser Poeta

Menino humilde, franzino, em meio aos seus desatinos, desestimulado pelo seu árduo destino, aprendeu a escrever com apenas um desígnio, em meio à sofridão do divagar sem riso, mãos com fome a tremular rabiscos, barriga oca com um esperançar aflito, religando letras de um futuro escondido, sem sonhos, com dramas travestidos em pueril criança, árido chão a mais real lembrança, caçamba vazia remetendo à bruta andança, chão corroído e sem boa aventurança, desabrochar em um suspiro sem herança, sem bonança, pratos cansados em aguardar sustância, sol que queima inspirando as letras que dançam em papéis catados na vizinhança, outros doados pelos que acreditavam nos delírios de uma criança, que tinha um sonho a mais tênue confiança, de viver desse dom quase impossível relutância, se entorpecia em um soletrar que alcançava a mais sublime e transcendente adivinhação, termino esta poesia na espera, da mais que divina comprovação, a guardarei em um cantinho mais que secreto e também em meu coração, desculpe a pouca métrica, a falta de paragrafação,o pobre acentuar, e o descompassar nas pressas de minha emoção, só a mostrarei se minha meta, um menino franzino, que queria ser poeta, se consolidar neste meu mundo cão, onde o que me nutre são as rimas e o poetar é minha única e farta alimentação.



Dedico esta poesia a todos que acreditam incessantemente na arte que brotam dos seus corações, e que a fazem do refúgio mais que certo da real libertação,não desistem dos seus dons, de suas vocações e definitivamente dos seus sonhos!

O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 07/10/2010
Reeditado em 26/01/2013
Código do texto: T2542254
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.